terça-feira, 4 de março de 2008

 

A morte de Pátroclo e o regresso de Aquiles

Os gregos já só tinham esperança em Aquiles. Pátroclo apressou-se a ir junto do seu irmão de armas para mostrar-lhe até que ponto era desesperada a situação. Suplicou a Aquiles que os ajudasse. Se, ao menos, os troianos o vissem no meio do combate, perderiam imediatamente a coragem.


Mas Aquiles permaneceu inabalável. No entanto, se a sua armadura pudesse perturbar os troianos, Pátroclo podia levá-la e conduzir os homens de Aquiles ao combate.
Dito e feito. À vista da armadura de Aquiles, todos pensaram - amigos e inimigos - que o próprio Aquiles voltara a participar no combate. Os Gregos retomaram a coragem.
Em contrapartida, os Troianos ficaram cheios de medo e só tiveram um pensamento: procurar a sua salvação na fuga. Os Gregos lançaram-se em seu perseguição.
O carro de Pátroclo estava muito à frente das linhas gregas e muitos troianos morreram às mãos do seu condutor. Mas às portas da cidade Heitor parou o seu carro. Fez meia volta e precipitou-se ao encontro de Pátroclo. Finalmente, atravessou com a sua lança o inimigo e, como troféu, levou para Tróia a armadura de Aquiles.



morte de Pátroclo



Quando Aquiles sou que tinha perdido o seu melhor amigo e a sua armadura, enfureceu-se. Desfeito em pranto, atirou-se ao chão. Prometeu a si mesmo não dar sepultura ao seu amigo morto antes de trazer a cabeça de Heitor como troféu. As lamentações de Aquiles chegaram à resplandescente gruta, no fundo do oceano, onde vivia Tétis, a mãe do herói. Preocupada, veio à superfície e tentou consolá-lo. Prometeu-lhe que Hefesto, o deus do fogo, lhe forjaria, a seu pedido, uma nova armadura. No dia seguinte, de manhã, o herói pôde vestir a nova armadura, mais bela do que a antiga, e,com uma voz de trovão, reuniu os Gregos. No meio das aclamações de todos os guerreiros, reconciliou-se com Agaménmon. E, em seguida, ao combate!

A luta foi tão terrível que os próprios deuses, que até àquela altura só tinham ajudado os seus protegidos nos momentos críticos, tiveram de entrar em luta.
Aquiles só tinha um pensamento: vingar o seu amigo; e semeou o terror e o luto entre os Troianos:
"Aquiles, do outro lado, pulava como um leão. Um leão devastador que quer comer gente, muita gente, uma povoação inteira. A princípio, desdenhoso, marcha sem grandes pressas; mas quando um dos homens vigorosos, lestos como Ares, o feriu com a lança, então retrai-se, concentra-se em si próprio, mostra as faces, a espuma ferve-lhe nos dentes, o coração anseia e parece dizer que é demasiado pequeno para conter tanta braveza; agita a cauda e a faz estalar nas ancas, excitando-se ao combate, e, os olhos duas fornalhas, arroja-se para a frente, a direito, com ímpeto e valentia, e tanto lhe dá matar como morrer.
Assim, Aquiles, exaltado ao extremo, cheio de ardor e coragem viril, estava prestes a carregar o magnânimo Eneas".

A derrota atingiu os Troianos, que se refugiaram nas muralhas da sua cidade. Só Heitor permaneceu fora delas.
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                                                     cat128.gif Colocado por delta -- terça-feira, março 04, 2008